Vamos abordar nesse tópico o que significa os termos
Vida, Espírito e Consciência -
Ao que parece há uma ideia comum de que se trata de termos diferentes que definem elementos diferentes...
Será mesmo?
Magus Incognito no livro "A Doutrina Secreta dos Rosa-Cruzes" (que será muito citado e sempre identificado por MI) escreve o seguinte:
“A vida, como essência do Espírito, é matéria vital e ponderável. É inconcebível o Espírito Morto, já que sua qualidade mortal lhe subtrairia sua qualidade de espírito...
A consciência, por sua vez, é um princípio incomensurável da vida, e, consequentemente, absoluto, já que a vida sem consciência não existe, e sua manifestação está na mente de acordo com o grau de compreensão que consiga dessa consciência e da vida que se dispões a viver...”
MI – pg.51
Espírito & Matéria
Outra polaridade ou opostos que nos parece inconciliável...
Será Mesmo?
Vejamos o que encontramos na obra de Blavatsky - A Doutrina Secreta -
(indicada pela sigla DI - seguida da indicação do volume)
“... Há uma Realidade Absoluta, anterior a tudo o que é manifestado ou condicionado. Esta Causa Infinita e Eterna..., é a Raiz sem Raiz de “tudo quanto foi, é e será”... É a “Asseidade”... , e está fora do alcance de todo pensamento ou especulação.”
DSI - 81
“... o Parabrahman dos hindus... não é “Deus”, como não é um Deus.
“É o Supremo e o não-Supremo”.
É o Supremo como causa, e o não-Supremo como efeito.
Parabrahman é simplesmente, como Realidade sem par, o Cosmos que tudo contém – ou melhor, o Espaço cósmico infinito – no sentido espiritual mais elevado, naturalmente...
Parabrahman, em suma, é a agregação coletiva do Cosmos em sua infinidade e eternidade...” DSI - 75
“Parabrahman, a Realidade Una, o Absoluto, é o campo da consciência Absoluta... Mas logo que saímos, em pensamento (da Realidade Una) ..., surge o dualismo entre Espírito... e a Matéria...
O Espírito (ou Consciência) e a Matéria devem ser, no entanto, considerados não como realidades independentes, mas como duas facetas ou aspectos do Absoluto (Parabrahman), que constituem a base do ser condicionado, seja subjetivo ou objetivo.
Se considerarmos essa tríade metafísica como a raiz de que procede toda manifestação, o Grande Sopro assume o caráter de Ideação pré-cósmica. É a "fons et origo" da força e de toda existência individual; e de onde promana a inteligência que preside o vasto plano da Evolução cósmica. Por outra parte, a Substância-Raiz pré-cósmica (Mûlaprakriti) é o aspecto do Absoluto que serve de substratum a todos os planos objetivos da natureza.
Assim como a Ideação Pré-Cósmica é a raiz de toda consciência individual, assim também a Substância Pré-Cósmica é o substratum da matéria nos seus diversos graus de manifestação.
Daí resulta que o contraste desses dois aspectos do Absoluto é essencial para a existência do Universo manifestado. Isolada da Substância cósmica, a Ideação Cósmica não poderia manifestar-se como consciência individual; pois só por meio de um veículo (upâdhi) de matéria é que a consciência emerge como “Eu sou Eu”, sendo necessário uma base física para concentrar um Raio da Mente Universal a certo grau de complexidade. E por sua vez, separada da Ideação Cósmica, a Substância Cósmica não passaria de uma abstração vazia, e nenhuma manifestação de consciência poderia surgir.
O Universo Manifestado acha-se portanto, informado pela dualidade, que vem a ser a essência mesma de sua Ex-istência como manifestação. Mas assim como os pólos opostos de Sujeito e Objeto, de Espírito e Matéria, não são mais que aspectos da Unidade Una, que é a sua síntese...”
DSI – 82/83
“O “Pai e a Mãe” são os princípios masculino e feminino na Natureza-Raiz, os polos opostos que se manifestam em todas as coisas, em cada plano do Cosmos; ou Espírito e a Substância, em seu aspecto menos alegórico, e cuja resultante é o Universo, ou o “Filho”... Em linguagem esotérica, Brahmâ é o Pai-Mãe-Filho, ou Espírito, Alma e Corpo a um só tempo, sendo cada personagem o símbolo de um atributo e cada atributo ou qualidade um eflúvio graduado do Sopro Divino em suas manifestações cíclicas, involutivas e evolutivas....”
DSI - 105
“... A Divindade é Uma, porque é Infinita. É Tríplice porque está sempre se manifestando. Esta manifestação é trina em seus aspectos, pois, como diz Aristóteles, são necessários três princípios para todo corpo natural se torne objetivo: privação, forma e matéria. Privação... (é) o que os ocultistas denominam protótipos impressos na Luz Astral.... A união daqueles três princípios depende de um quarto: a Vida que se irradia dos cumes do Inatingível, para converter-se em uma Essência universalmente difundida nos planos manifestados da Existência....
DSI - 119
Paracelso diz que:
“... O Espírito é vivente, e a Vida é Espírito; e a Vida e o Espírito produzem todas as coisas, mas são em essência, um e não dois...”
DSI – 314
“Ensina a Filosofia Esotérica que tudo vive e é consciente, mas não que toda vida e toda consciência sejam semelhantes às dos seres humanos ou mesmo dos animais. Nós consideramos a vida como a única forma de existência manifestando-se no que chamamos Matéria, ou naquilo que, no homem chamamos Espírito, Alma e Matéria (separando-os sem razão). A Matéria é o Veículo para a manifestação da Alma neste plano de existência, e a Alma é o Veículo em um plano mais elevado para a manifestação do Espírito; e os três formam uma Tríade sintetizada pela Vida, que os interpenetra a todos... as coisas dotadas de movimento são coisas vivas, quer se trate de átomos ou de planetas.”
DSI - 111
“A VIDA, por conseguinte está em toda parte do Universo, e – é o que ensina o Ocultismo – também existe no átomo.”
DSI - 283
“...O Ocultismo repugna, assim, a chamada Idade Azóica da ciência, mostrando que em tempo algum deixou de existir vida sobre a Terra. Onde quer que haja um átomo de matéria, uma partícula ou molécula, ainda que em estado supergasoso, aí existe vida, latente ou inconsciente que seja.”
DSI - 290
“Repetimos: os semelhantes devem produzir os semelhantes. A Vida Absoluta não pode produzir um átomo inorgânico, seja simples ou complexo; e ainda em estado Laya existe vida, exatamente do mesmo modo que o homem imerso em profundo sono cataléptico continua um ser vivente, embora com todas as aparências de um cadáver.”
DSI – 291
“...O Ocultismo, que descobre uma Vida em cada átomo ou molécula, seja no corpo humano, seja no mineral, no ar, no fogo e na água, afirma que todo o nosso corpo é feito destas Vidas ...”
DSI - 261
“...Assim, a idéia de que o tabernáculo humano é construído por Vidas inumeráveis, exatamente como foi a crosta rochosa de nossa Terra, em nada repugna aos verdadeiros místicos...”
DSI – 292
“Dá-se o mesmo quanto ao Universo, que se manifesta periodicamente, tendo como objetivo o progresso em conjunto das Vidas inumeráveis – as expirações da Vida Una; a fim de que, através do perpétuo Vir-a-ser, cada um dos átomos deste mesmo Universo infinito, passando do informe e do intangível, pelas complexas naturezas do “semiterrestre”, à matéria em plena geração, para depois retroceder e tornar a subir a estados ainda mais elevados e mais próximos da meta final; a fim de que – repetimos – possa cada átomo alcançar, por meio de esforços e méritos individuais, aquele estado em que voltará a ser o TODO UNO e Incondicionado. Mas, entre o Alfa e o Ômega, se estende o áspero “Caminho”, eriçado de espinhos, que primeiro se dirige para baixo, e depois
Vida, Espírito e Consciência -
Ao que parece há uma ideia comum de que se trata de termos diferentes que definem elementos diferentes...
Será mesmo?
Magus Incognito no livro "A Doutrina Secreta dos Rosa-Cruzes" (que será muito citado e sempre identificado por MI) escreve o seguinte:
“A vida, como essência do Espírito, é matéria vital e ponderável. É inconcebível o Espírito Morto, já que sua qualidade mortal lhe subtrairia sua qualidade de espírito...
A consciência, por sua vez, é um princípio incomensurável da vida, e, consequentemente, absoluto, já que a vida sem consciência não existe, e sua manifestação está na mente de acordo com o grau de compreensão que consiga dessa consciência e da vida que se dispões a viver...”
MI – pg.51
Espírito & Matéria
Outra polaridade ou opostos que nos parece inconciliável...
Será Mesmo?
Vejamos o que encontramos na obra de Blavatsky - A Doutrina Secreta -
(indicada pela sigla DI - seguida da indicação do volume)
“... Há uma Realidade Absoluta, anterior a tudo o que é manifestado ou condicionado. Esta Causa Infinita e Eterna..., é a Raiz sem Raiz de “tudo quanto foi, é e será”... É a “Asseidade”... , e está fora do alcance de todo pensamento ou especulação.”
DSI - 81
“... o Parabrahman dos hindus... não é “Deus”, como não é um Deus.
“É o Supremo e o não-Supremo”.
É o Supremo como causa, e o não-Supremo como efeito.
Parabrahman é simplesmente, como Realidade sem par, o Cosmos que tudo contém – ou melhor, o Espaço cósmico infinito – no sentido espiritual mais elevado, naturalmente...
Parabrahman, em suma, é a agregação coletiva do Cosmos em sua infinidade e eternidade...” DSI - 75
“Parabrahman, a Realidade Una, o Absoluto, é o campo da consciência Absoluta... Mas logo que saímos, em pensamento (da Realidade Una) ..., surge o dualismo entre Espírito... e a Matéria...
O Espírito (ou Consciência) e a Matéria devem ser, no entanto, considerados não como realidades independentes, mas como duas facetas ou aspectos do Absoluto (Parabrahman), que constituem a base do ser condicionado, seja subjetivo ou objetivo.
Se considerarmos essa tríade metafísica como a raiz de que procede toda manifestação, o Grande Sopro assume o caráter de Ideação pré-cósmica. É a "fons et origo" da força e de toda existência individual; e de onde promana a inteligência que preside o vasto plano da Evolução cósmica. Por outra parte, a Substância-Raiz pré-cósmica (Mûlaprakriti) é o aspecto do Absoluto que serve de substratum a todos os planos objetivos da natureza.
Assim como a Ideação Pré-Cósmica é a raiz de toda consciência individual, assim também a Substância Pré-Cósmica é o substratum da matéria nos seus diversos graus de manifestação.
Daí resulta que o contraste desses dois aspectos do Absoluto é essencial para a existência do Universo manifestado. Isolada da Substância cósmica, a Ideação Cósmica não poderia manifestar-se como consciência individual; pois só por meio de um veículo (upâdhi) de matéria é que a consciência emerge como “Eu sou Eu”, sendo necessário uma base física para concentrar um Raio da Mente Universal a certo grau de complexidade. E por sua vez, separada da Ideação Cósmica, a Substância Cósmica não passaria de uma abstração vazia, e nenhuma manifestação de consciência poderia surgir.
O Universo Manifestado acha-se portanto, informado pela dualidade, que vem a ser a essência mesma de sua Ex-istência como manifestação. Mas assim como os pólos opostos de Sujeito e Objeto, de Espírito e Matéria, não são mais que aspectos da Unidade Una, que é a sua síntese...”
DSI – 82/83
“O “Pai e a Mãe” são os princípios masculino e feminino na Natureza-Raiz, os polos opostos que se manifestam em todas as coisas, em cada plano do Cosmos; ou Espírito e a Substância, em seu aspecto menos alegórico, e cuja resultante é o Universo, ou o “Filho”... Em linguagem esotérica, Brahmâ é o Pai-Mãe-Filho, ou Espírito, Alma e Corpo a um só tempo, sendo cada personagem o símbolo de um atributo e cada atributo ou qualidade um eflúvio graduado do Sopro Divino em suas manifestações cíclicas, involutivas e evolutivas....”
DSI - 105
“... A Divindade é Uma, porque é Infinita. É Tríplice porque está sempre se manifestando. Esta manifestação é trina em seus aspectos, pois, como diz Aristóteles, são necessários três princípios para todo corpo natural se torne objetivo: privação, forma e matéria. Privação... (é) o que os ocultistas denominam protótipos impressos na Luz Astral.... A união daqueles três princípios depende de um quarto: a Vida que se irradia dos cumes do Inatingível, para converter-se em uma Essência universalmente difundida nos planos manifestados da Existência....
DSI - 119
Paracelso diz que:
“... O Espírito é vivente, e a Vida é Espírito; e a Vida e o Espírito produzem todas as coisas, mas são em essência, um e não dois...”
DSI – 314
“Ensina a Filosofia Esotérica que tudo vive e é consciente, mas não que toda vida e toda consciência sejam semelhantes às dos seres humanos ou mesmo dos animais. Nós consideramos a vida como a única forma de existência manifestando-se no que chamamos Matéria, ou naquilo que, no homem chamamos Espírito, Alma e Matéria (separando-os sem razão). A Matéria é o Veículo para a manifestação da Alma neste plano de existência, e a Alma é o Veículo em um plano mais elevado para a manifestação do Espírito; e os três formam uma Tríade sintetizada pela Vida, que os interpenetra a todos... as coisas dotadas de movimento são coisas vivas, quer se trate de átomos ou de planetas.”
DSI - 111
“A VIDA, por conseguinte está em toda parte do Universo, e – é o que ensina o Ocultismo – também existe no átomo.”
DSI - 283
“...O Ocultismo repugna, assim, a chamada Idade Azóica da ciência, mostrando que em tempo algum deixou de existir vida sobre a Terra. Onde quer que haja um átomo de matéria, uma partícula ou molécula, ainda que em estado supergasoso, aí existe vida, latente ou inconsciente que seja.”
DSI - 290
“Repetimos: os semelhantes devem produzir os semelhantes. A Vida Absoluta não pode produzir um átomo inorgânico, seja simples ou complexo; e ainda em estado Laya existe vida, exatamente do mesmo modo que o homem imerso em profundo sono cataléptico continua um ser vivente, embora com todas as aparências de um cadáver.”
DSI – 291
“...O Ocultismo, que descobre uma Vida em cada átomo ou molécula, seja no corpo humano, seja no mineral, no ar, no fogo e na água, afirma que todo o nosso corpo é feito destas Vidas ...”
DSI - 261
“...Assim, a idéia de que o tabernáculo humano é construído por Vidas inumeráveis, exatamente como foi a crosta rochosa de nossa Terra, em nada repugna aos verdadeiros místicos...”
DSI – 292
“Dá-se o mesmo quanto ao Universo, que se manifesta periodicamente, tendo como objetivo o progresso em conjunto das Vidas inumeráveis – as expirações da Vida Una; a fim de que, através do perpétuo Vir-a-ser, cada um dos átomos deste mesmo Universo infinito, passando do informe e do intangível, pelas complexas naturezas do “semiterrestre”, à matéria em plena geração, para depois retroceder e tornar a subir a estados ainda mais elevados e mais próximos da meta final; a fim de que – repetimos – possa cada átomo alcançar, por meio de esforços e méritos individuais, aquele estado em que voltará a ser o TODO UNO e Incondicionado. Mas, entre o Alfa e o Ômega, se estende o áspero “Caminho”, eriçado de espinhos, que primeiro se dirige para baixo, e depois
Sobe em espiral para o alto da colina,
Sim, sem cessar, até alcançar o topo...”
DSI - 299
Sim, sem cessar, até alcançar o topo...”
DSI - 299
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