“Deve-se entender, psicologicamente, pelo termo “self” (ou si-mesmo) a integridade psíquica Transcendente da personalidade humana, que é o processo, ... de individuação... A inteireza da alma que abrange as partes conscientes e inconscientes da personalidade, já está , naturalmente, presente desde o início, sendo como que a enteléquia do indivíduo; mas, durante o processo de amadurecimento... ela entra com os seus diferentes aspectos no campo visual da consciência, resultando na ampliação e transformação constante do horizonte desta.”
M.-L. Von Franz – A Lenda do Graal – 72
A – Aion- Estudos sobre o simbolismo do si-mesmo – vol. IX/2 – Obras Completas Jung – Ed. Vozes
A – 257
“... é nada mais nada menos do que o secreto “spiritus rector” (espírito diretor) de nosso destino. O si-mesmo, portanto, não se torna “eo ipso” (automaticamente) consciente, mas sempre tem sido ensinado por uma tradição de saber... Além disto, o si-mesmo é um arquétipo, o si-mesmo não pode ficar circunscrito ao âmbito da consciência do eu, mas se comporta como uma atmosfera que envolve o homem e cujos limites é difícil de ser fixado com certeza, tanto espacial quanto temporalmente.
A – 253
“Presumivelmente o homem só conhece uma diminuta parte de sua psique, do mesmo modo que só possui uma visão limitada da fisiologia de seu organismo. Assim como a causalidade de sua existência psíquica situa-se, em grau elevado, em processos inconscientes, à margem da consciência, assim também estão presentes, agindo nele, as determinações finais que têm sua origem e existência no inconsciente... Tanto as “causae” (causas) como os “fines” (fins) são, portanto, realidades que transcendem apreciavelmente os limites da consciência, e isto significa, ao mesmo tempo, que sua natureza e eficácia são imutáveis e insuprimíveis, até se tornarem objeto da consciência, mediante uma intuição e um ato de decisão moral; por isso o auto-conhecimento é tão temido como necessário.
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