sábado, 12 de outubro de 2013

A Barca e seus simbolismos

Esperança do Amanhecer

Filha dos sonhos,
Corra abra a porta
Do velho carvalho.
Escute os seus segredos.
O poente se aproxima.
A vida se encaminha.
A felicidade está viva.
Dance até cair à última folha.

Pegue o galho dourado
E atravesse o portal.
Corra, o tempo voa,
Os Deuses estão aqui.
Pegue o galho prateado
E atravesse o portal.
A luz brilha sobre vocês.

Não desista, a Barca lhe espera.
As sementes novamente germinam
E os séculos despertaram o Rei.
Corra e abrace o seu sonho.
Toque o seu coração.
A tua mão o alcança.
Traga-o de volta.

Filhos da Arte e do amor.
A Senhora não mente
E aqui se faz presente.
Acredite na força da magia.
Abençoados sejam!


Rowena Arnehoy Seneween ®
poema pagão
 
 
Barca Egípcia

O livro Am-Tuat do antigo Egito descreve como o Rá o deus-sol morto atravessa as 12 estações infernais da noite (as 12 horas noturnas) e se transforma no Kheperâ, o escaravelho.

Na 10° estação, e na 12° estação ele sobe à Barca que trará o deus-Sol rejuvenescido de volta ao céu matinal...

Tendo o barco solar chegado até aqui, o deus Rá preparava-se para emergir das águas de Nun, a divindade que personifica as águas primordiais, novamente sob a forma de um disco que iluminaria os céus deste mundo.

Estando na água, o barco é mantido pelos braços do próprio deus Nun.

Rá aparece na embarcação sob a forma de um escaravelho que empurra um disco solar.

O escaravelho é um símbolo clássico de renascimento - e o emergir da escuridão também... a escuridão da ignorância para a Iluminação...

Anel com escaravelho - Museu do Egito


 
Barca em Alabastro e Ouro 



A Barca Grega...

Na mitologia grega, Hades é filho de Crono e Réia, Hades é retratado como um deus sombrio e invisível, mesmo tendo uma posição menos relevante que a de Zeus, possuía enorme poder, suas leis eram irrevogáveis, uma vez que dentro de seu reino, nem mesmo Zeus poderia interferir.

Tradicionalmente Hades é também o nome dado aos infernos dos gregos, que possui uma geografia muito bem definida:

O reino de Hades tem como principal entrada um bosque de álamos. Quando o morto aí chega conduzido por Hermes, recebe de seus parentes uma moeda que é posta debaixo de sua língua para pagar Caronte.

Caronte é o barqueiro que acompanhado por seu cão Cérbero, conduz as almas dos mortos pelo Estinge até o inferno, mas, velho e avarento, exige que o morto lhe dê uma moeda pelo transporte, sob pena dele ficar vagando por 100 anos nas margens do Estinge.

O Estinge rodeava 7 vezes o Hades – separando o reino dos mortos do reino dos vivos. Estinge significa “veneno”, mas, suas águas, ao mesmo tempo, tornam invulneráveis todos que nela se banham – foi onde Tétis banhou seu filho Aquiles, tornando-o invulnerável, exceto seu calcanhar por onde Tétis o segurou.

Estinge possui os afluentes:
1. Aquirom – que significa fluxo de angústia ou rio de Aflição
2. Cocytus ou Cocito – com águas muito lodosas e amargas e significa “lamentação”.
3. Flageton – do latim flagellu – que rolava em rodas de fogo e significa “queimar”.
4. Letes – do latim lethargie – significando letargia, sono profundo, torpor, incertezas e esquecimento.

Letes é o reino do abençoado esquecimento no qual a alma dos mortos submergem antes de voltarem ao mundo para uma nova encarnação.

Perséfone é a rainha do reino de Hades, esposa de Hades e filha de Deméter – a mãe Terra. Perséfone é a guardiã dos segredos dos mortos

Tártaro – é a parte do reino de Hades onde ocorrem as punições, que é determinada por três juízes,
1. Eaco – célebre por sua justiça,
2. Radamanto e
3. Minos – sábios legisladores e juízes, que são filhos de Zeus.

As Eríneas - filhas da Terra, são três irmãs – Tesífone, Alecto e Megera, são as divindades de Hades, viviam no Tártaro e tinham por missão punir os crimes dos homens. São as deusas da vingança, punindo aqueles que derramaram sangue ou quebraram juramentos. Retratadas com os cabelos entrelaçados por serpentes, tinham uma tocha em uma das mãos e em outra um punhal. Sua punição é a loucura. Ésquilo diz que elas são filhas de Nix – a deusa da Noite.

As Moiras, são três irmãs, também filas de Nix, são as Servas da Justiça Primordial, e as divindades do destino, elas regem a morte e a vida , são as grandes tecedeiras do destino de cada ser.
1. Cloto – tece os fios e preside os nascimentos.
2. Láquelis – faz girar a roda e mede os fios
3. Átropos – corta os fios.

Assim, a atividade da natureza, sua criação e formação engenhosa eram simbolizadas na fiação, no trançado e na tecelagem do destino humano, elas tecem nas profundezas a vida e a enviam para cima, e, na morte, tudo retorna a elas.

Hades, portanto, é um mundo completamente diferente do inferno cristão, lá é o lugar para onde os mortos são enviados para serem julgados, e também onde seus próximos destinos/vidas serão traçados ou tramados e de onde renascem para uma nova vida corpórea.

Daí a necessidade e o interesse de se pagar a Caronte para entrar no Hades - o reino dos mortos - a outra margem... muito semelhante a Avalon


A Barca Pagã

Antigos manuscritos irlandeses evocam alguns nomes para Avalon, são eles: Tir na Nog, o País da Juventude; Tir Innambeo, o País dos Viventes; Tir Tairngire, o País da Promessa; Tir Naill, o Outro Mundo; Mag Mar, a Grande Planície ou Mag Mell.

Entre as populações de origem céltica, a maçã representa o conhecimento, a revelação e a magia.

Existem vários relatos referentes às viagens célticas ao Além, Immram, as jornadas místicas, nas quais um herói é atraído por uma fada, que lhe entrega um ramo de maçã e o convida para ir para o Outro Mundo, como em A Viagem de Bran, Filho de Febal.

Num outro Immram, A Viagem de Maelduin, que trata da busca do herói pelos assassinos de seu pai, ele passa por uma ilha onde encontra uma macieira e dela corta um ramo com três maçãs. Estes frutos são capazes de saciar a sua fome e a de seus companheiros por quarenta dias sem ingestão de qualquer outro alimento. (Jean Markale, 1979:246)

A Ilha das Maçãs também recebe o nome de Ilha Afortunada porque ali há todo tipo de vegetação natural. As colheitas são abundantes e os bosques estão cobertos de maçãs e uvas. Avalon era governada por Morgana e suas nove irmãs, que também possuíam o dom da imortalidade. Avalon está associada a Caer Siddi, o Outro Mundo ou Annwn, a Terra dos Mortos e da Eterna Juventude.

Assim falou Morgana:
"A ilha sagrada de Avalon é linda e serena,
mas somente para aqueles que preservam a sinceridade no coração...

Onde está o caminho que nos leva de volta?
...Mas a vida empurra e a alma finalmente se liberta....
...Vou chamar a barca que me leva de volta, além das brumas...
Avalon se foi para nunca mais voltar
e apenas retornará se o canto novamente souber invocar!
Assim falou Morgana... "

Não é mera coincidência ter em Avalon a Árvore das Maçãs, que dão conhecimento, tal  e qual a antiga história da maçã de Eva... ambos alegorias são a mesma coisa... simbolizam a mesma coisa, apenas Eva e sua Maçã foram desfiguradas pela ICAR -

A Sabedoria sempre foi Sophia - feminino...
a contraparte do Conhecimento masculino
Pai-Mãe portanto
cujo filho é o Universo

e sabemos que o Catolicismos desfigurou o lugar da mulher desde sempre
a colocando como bruxa em suas fogueiras.



Braceletes e Pendentes com os Escaravelhos



Olho de Horus - Aquele que tudo vê




E... finalmente...

o Deus Egipcio Anúbis - a divindade do Inferno sobre uma Arca
é o psicopombo que leva as almas para o Inferno...
de que? - de Barco



Todas essas peças pertencem ao acervo do Museu do Cairo
e foram descobertas nas escavações no Vale dos Reis em 1922
e pertenciam a Tutankhamon



Em Doutrina Secreta vol.IV Blavatsky escreve o seguinte:

"El Arca, en la cual se conservan los gérmenes de todas las cosas vivas necesarias para volver a poblar la Tierra, representa la supervivencia de la vida, y la supremacía del espíritu sobre la materia, en el conflicto de los poderes opuestos de la naturaleza.

En el mapa astroteosófico del Rito Occidental, el Arca corresponde con el ombligo, y está colocada al lado izquierdo, el lado de la mujer (la Luna), uno de cuyos símbolos es la columna de la izquierda del templo de Salomón, Boaz.

El ombligo está relacionado (por medio de la placenta) con el receptáculo en donde se fructifican los embriones de la raza.

El Arca es el Argha sagrada de los indos, y así no es difícil inferir su relación con el Arca de Noé, teniendo en cuenta que el Argha era un vaso oblongo, usado por los sumos sacerdotes como cáliz sacrificador en el culto de Isis, Astarté y Venus–Afrodita, todas las cuales eran Diosas de los poderes generadores de la naturaleza, o de la materia; y por tanto, representaban simbólicamente al Arca que contenía los gérmenes de todas las cosas vivas .

7. La “Cámara del Rey” en la Pirámide de Cheops es, pues, un “Sagrario de Sagrarios” egipcio. En los días de los Misterios de la Iniciación, el Candidato que representaba el Dios Solar tenía que descender dentro del Sarcófago, y representar el rayo vivificador penetrando en la matriz fecunda de la Naturaleza.

Al salir de él a la mañana siguiente, tipificaba la resurrección de la Vida después del cambio llamado Muerte. En los grandes MISTERIOS, su “muerte” figurada duraba dos días, levantándose con el Sol a la tercera mañana, después de una última noche de la más crueles pruebas. Al paso que el Postulante representaba al Sol –el orbe que todo vivifica, que “resucita” todas las mañanas para comunicar vida a todo– el Sarcófago era el símbolo del principio femenino.

Así era en Egipto; su forma y figura cambiaba en cada país, pero permaneciendo siempre como un barco, una “nave” simbólica o un vehículo en forma de bote, y un recipiente, simbólicamente, de los gérmenes o el germen de la vida.

En la India es la Vaca “de oro” por la cual tiene que pasar el candidato al brahmanismo si desea ser un brahman y convertirse en un Dvi–ja, “nacido por segunda vez”.

El Argha en forma de media luna de los griegos era el tipo de la Reina del Cielo, Diana o la Luna. Ella era la Gran Madre de todas las Existencias, así como el Sol era el Padre.

Los judíos, tanto antes como después de su metamorfosis de Jehovah en un Dios macho, rendían culto a Astoreth, lo cual hizo decir a Isaías:

“Vuestras lunas nuevas y… fiestas odia mi alma”

dicho evidentemente injusto. Astoreth y las Fiestas de la Luna Nueva (el Argha en creciente), no tenía un significado peor, como forma de culto público, que el que tenía el sentido oculto de la Luna en general, el cual, en sentido kabalístico, estaba relacionado directamente con Jehovah, como es bien sabido; con la sola diferencia, sin embargo, de que uno era el aspecto femenino y el otro el masculino de la Luna, y de la estrella Venus.

3. Archê (!Arch>) en este sentido corresponde al Rasit hebreo o la sabiduría… una palabra qué significaba el emblema del poder generativo femenino, el Arg o Arca, en la cual se suponía que el germen de toda naturaleza flotaba o se cernía sobre el gran abismo durante el intervalo que tenía lugar después de cada ciclo del mundo.

4. Así es, en efecto; y el Arca de la Alianza judía tenía precisamente el mismo significado, con la adición suplementaria de que, en lugar de un sarcófago casto y bello (símbolo de la Matriz de la Naturaleza y de la Resurrección), como en el Sanctasanctórum de los paganos, habían hecho el Arca aún más realista en su construcción por los dos Querubines colocados, frente a frente, sobre el cofre o Arca de la Alianza, con las alas abiertas de tal manera, que formaban un Yoni perfecto (como se ve ahora en la India).

5. Además de esto, este símbolo generador tenía su significado reforzado por las cuatro letras místicas del nombre de Jehovah, a saber I H V H (hvhy) Jod (y), significando el membrum virile; Hé (h), la matriz; Vau (v), un garfio o gancho, un clavo, y Hé (h) de nuevo significando también “una abertura”. El total formaba el emblema o símbolo perfecto bisexual o I (e) H (o) V (a) H, el símbolo macho y hembra.

8. La ceremonia de pasar por el Santo de los Santos –simbolizado ahora por la Vaca, pero en el principio por el templo Hiranyagarbha, el Huevo Radiante, en sí mismo símbolo de la Naturaleza Abstracta Universal– significaba la concepción y nacimiento espiritual, o más bien el renacimiento del individuo y su regeneración; el hombre encorvado a la entrada del Sanctasanctórum, pronto a pasar por la de la Madre Naturaleza, o la criatura física pronta para volver a convertirse en el Ser Espiritual original, el HOMBRE pre–natal.

Entre los semitas, este hombre encorvado significaba la caída del Espíritu en la Materia, y de esta caída y degradación hacían apoteosis, con el resultado de arrastrar a la Deidad al nivel del hombre.

Para los arios, el símbolo representaba el divorcio del Espíritu de la Materia, la vuelta a la Fuente primordial y la sumersión en ella; para el semita, el connubio del Hombre Espiritual con la Naturaleza Femenina Material, lo fisiológico sobreponiéndose a lo psicológico y puramente inmaterial.

Los puntos de vista arios sobre el simbolismo eran los de todo el mundo pagano; las interpretaciones semíticas emanaban, y eran eminentemente propias de una tribu pequeña, marcando así sus rasgos nacionales y los defectos idiosincrásicos que caracterizan a muchos judíos hasta hoy día...


 

tópico original da comunidade da Barca do Orkut

por Rita Candeu - 25/12/2008

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