domingo, 3 de abril de 2011

Hinduismo - Om - AUM



OM ou AUM  (Sânscrito).

Uma sílaba mística, a maís sagrada de todas as palavras da Índia.

É ao mesmo tempo uma benção, uma afirmação e uma promessa …
Normalmente ela aparece no início das escrituras sagradas e antes das preces.



 

É composta de três letras A U e M que representam os três Vedas e também os três Deuses
A – Agni – Fogo,  
V – Varuna – Água
M - Maruts - Ar

Na Filosofia Esotérica, esses três são os fogos sagrados - - “Tríplice Fogo” no Universo e no homem…

Em linguagem Oculta esse “Tríplice Fogo”  representa igualmente a Tetraktis1  e está simbolizado por Agni – fogo – denominado Abhimânin2 e sua transformação em seus 3 filhos, Pâvaka, Pavamâna y Zuchi, "quem bebe desta água até la última gota", isto é, aniquila os desejos materiais. 

1 – Tetraktis - Tetraktys (em Grego) o Tétrada.-   O sagrado 4 – ver Simbologia dos Números

 
2 - Abhimânim  (Sánscrito).-  Nome de Agni – Fogo -  "filho  maior de Brahmâ", ou em outras palavras – o primeiro elemento ou força que se produz no Universo em Evolução – o fogo Criador. De sua esposa Swâhâ, teve três filhos  (os fogos), Pâvaka, Pavamâna y Zuchi (Suchi), e estes tiveram  "quarenta e cinco filhos”, que, com o filho  primogênito de Brahmâ e seus  três descendentes, constituem os quarenta e nove fogos  do Ocultismo. Abhimânim é a principal Energia criadora cósmica, personificada em forma de "filho maior de Brahmâ"  (Powis Hoult).


O Pranava (palavra sagrada), OM, é uma sílaba composta pelas letras AUM onde AU se combinam para formar O .

Uma sílaba mística da divindade suprema – ou seja a Trindade -  na Unidade – posto que representa ao Ser Supremo – Brahma – em sua tríplice condição de Criador -  
A - Brahmâ,- o Criador
U -  Conservador e Destruidor -  Vishnu,
M -  o  Renovador- Shiva

OM  é o mistério dos Mistérios, fonte de todo poder e essência de todos os Ensinamentos.
  
OM ou AUM – se pronunciada por um homem santo e muito puro despertará não apenas as potencias menos elevadas que residem nos elementos e espaços planetários, mas também o Eu Superior – o Deus-Pai - que está em seu interior

Pronunciado de modo correto por um homem medianamente bom, contribuirá para fortalecer sua moralidade, sobretudo se entre os “AUMs” meditar profundamente sobre o AUM que reside dentro dele, concentrando sua atenção em sua glória inefável..Daí surgirá o Conhecimento Interior e desaparecerão os obstáculos que impedem chegar a Samâdhi – Iluminação/Libertação

Porém, se alguém pronuncia depois de cometer uma falta grave e transcendental, esse atrairá sobre sua própria esfera impura forças e presenças iqualmente impuras que de outra forma nunca poderiam atravesar sua Aura.

AUM é também relacionado com o Kala Hamsa,  a ave  ou  cisne. Diz  o  Nadavindupanishat  (Rig  Veda) traduzido pela Sociedade Teosófica de Kumbakonam - "Considera-se a sílaba A como a asa direita da ave Amsa, U a asa esquerda, M a cauda, e o Ardhamatra (meio­metro) diz-se ser a sua cabeça". 

Kala Hansa é o nome místico dado a Brahma – o Parabrahman – que significa “o cisne fora do tempo” – a Grande Ave – análogo ao Pelicano dos Alquimistas e Rosa Cruzes e ao Ain Soph da Cabala – Kala significa tempo Infinito, portanto significa a Ave que está fora do espaço-tempo, e por essa razão Brahmâ – Criador é o veículo de Hansa

Daí terem os Rosacruzes elegido por símbolo o pássaro aquático (seja o cisne ou o pelicano) com os seus sete filhotes - símbolo modificado e adaptado à religião de cada país.

O mesmo ocorre com  Ain Soph dos Cabalistas que  é chamado no Livro dos Números a "Alma de Fogo do Pelicano".

Kala Hansa surge em cada Manvantara como Nârâyana ou Svâyambhuva, o Existente por Si, e, penetrando no Ovo do Mundo, dele sai no final da divina incubação, como Brahmâ ou Prajâpati, o progenitor do Universo futuro, no qual se expande.

É Purusha (o Espírito), mas também é Prakriti (a Matéria). Por isso, unicamente depois de haver-se dividido em duas metades, Brahmâ-Vâch (a fêmea) e Brahmâ-Virâj (o macho), é que Prajâpati se torna o Brahmâ masculino.


Ainda no Hiduismo, temos Ganesha -  - O Senhor cuja forma é Om – por ser  considerado a encarnação corporal do Cosmos inteiro.




 O mantra mais conhecido do Buddhismo Tibetano 
os tibetanos pronunciam Om Mani Peme Hum,
associado ao bodhisattva da compaixão, Avalokiteshvara.





Um comentário:

  1. Excelente! Parabéns pelo trabalho de vocês.

    Maria do Rocio - Curitiba/Pr.

    Maria-Estrela Lunar Amarela, no face.

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