quinta-feira, 23 de maio de 2013

Pontes de raízes vivas.....!!!


Nas profundezas do nordeste da Índia,
num dos lugares mais úmidos na terra,
as pontes não são construídas - vão crescendo.



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Cresceram das raízes de uma seringueira.
O povo de Khasis Cherapunjee Betel usou troncos de árvores,
cortadas ao meio e ocos por dentro, para criar o "sistema-raízes de orientação."

Quando chegarem ao outro lado do rio,
estarão em condições de criarem raízes no solo.

Dando tempo suficiente, uma robusta ponte viva é produzida.

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As pontes de raízes,
algumas das quais com mais de cem metros de comprimento,
levaram entre dez a quinze anos para se tornarem totalmente funcionais,
sendo extremamente fortes.


Algumas podem suportar o peso de 50 ou mais pessoas ao mesmo tempo.


Uma das estruturas de raízes mais original da Cherrapunjee
é conhecida por "Umshiang Double Decker-Root Bridge".

É composta por duas pontes sobrepostas !



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Porque as pontes estão vivas e ainda a crescer,
ganham força ao longo do tempo
e algumas das pontes-raízes antigas ainda são usadas diariamente pelo povo das aldeias à volta de Cherrapunjee, que podem ter bem mais de 500 anos.
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Mas não são estas as únicas pontes construídas a partir de plantas em crescimento.
O Japão também tem a sua própria forma de pontes-vivas.
Estas são as pontes da Vinha Vale de Iya .....




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Um dos três "vales escondidos do Japão" ,
West Iya, é um desfiladeiro cheio de neblina, rios claros e telhados de colmo,
do Japão de séculos atrás.

Para atravessar o rio Iya, num vale com terreno áspero,
bandidos, guerreiros e refugiados criou-se algo muito especial
- um tanto instável - a ponte feita de vinhas.



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Este é um quadro de 1880 de uma das pontes de videira original.
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Primeiro, duas vinhas Wisteria - uma das mais fortes vinhas conhecidas –
foram cultivadas nos extremos dos dois lados do rio.
Quando as videiras alcançaram comprimento suficiente,
foram entrelaçadas com tábuas para criar uma flexível, durável e,
a mais importante obra viva da engenharia de botânica.



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As pontes não tinham proteção lateral, e uma fonte histórica japonesa diz que as pontes de videira originais eram tão instáveis que os que tentavam atravessá-las pela primeira vez, muitas vezes ficavam petrificados no lugar, incapazes de prosseguir.
Três dessas pontes permanecem no Vale de Iya.


Enquanto algumas (embora aparentemente não todas) foram reforçadas com fio e grades, ainda são angustiantes de atravessar.

Mais de 140 metros de comprimento, com pranchas colocadas a cerca de 30 a 40 cm de distância entre si.... definitivamente não são para acrofóbicos.



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Acredita-se que as pontes de videira existentes
foram inicialmente cultivadas no século 12,
o que as tornaria, nos mais antigos exemplos de arquitetura viva no mundo.






IV
Zaratustra, no entanto, olhava a multidão, e assombrava−se.
Depois falava assim:

"O homem é corda estendida entre o animal e o Super−homem:
uma corda sobre um abismo; perigosa travessia,
perigoso caminhar; perigoso olhar para trás, perigoso tremer e parar.

O que é de grande valor no homem é ele ser uma ponte e não um fim;
o que se pode amar no homem é ele ser uma passagem e um acabamento.

Eu só amo aqueles que sabem viver como que se extinguindo,
porque são esses os que atravessam de um para outro lado.
...
Amo os que não procuram por detrás das estrelas uma razão para sucumbir e
oferecer−se em sacrifício, mas se sacrificam pela terra, para que a terra
pertença um dia ao Super−homem.
...
Amo o que se envergonha de ver cair o dado a seu favor e, por essa razão, se
pergunta:
"Serei um jogador fraudulento?", porque quer ir ao fundo.
...
Amo aquele cuja alma é profunda, mesmo na ferida,
e ao que pode aniquilar um leve acidente,
porque assim de bom grado passará a ponte...”


Friedrich Nietzsche - Assim Falou Zaratustra

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