quarta-feira, 15 de junho de 2011

Sincronicidade

No Livro -  Dinâmica do Inconsciente - parágrafo 850, assim escreve Jung:

"A sincronicidade,... significa, em primeiro lugar, a simultaneidade de um estado psiquico com um ou vários acontecimentos que aparecem como paralelos significativos de um estado subjetivo momentâneo e, em certas circunstâncias, tabém vice-versa...."

Dr.Jung define "Sincronicidade" como sendo "coincidências significativas" que ocorrem algumas vezes seguidas aparentemente sem conexão casual.. mas ligados por algum tipo de significado...

Como no caso do pudim de passas....

Pudin de Passas

Jung conta que Flammarion - grande astrônomo - certo dia estava a escrever sobre a atmosfera, escrevendo justamente sobre a força dos ventos quando de repente uma rajada de vento varreu de sua escrivaninha todos suas anotações ... (estamos falando de experiências ocorridas e comentadas por cientistas...)

O mesmo Flammarion cita como exemplo de tríplice de coincidência o episódio do pudim de passas:

"Um certo M.Deschamps, quando menino em Órleans, recebeu uma vez um pedaço de pudim de passas dado por um certo M.de Fontgibu.

Dez anos mais tarde descobre ele um outro pudim de passas num restaurante em Paris, e pede um pedaço.

Fica então sabendo que o tal já tinha sido encomendado por um tal M.de Fontgibu.

Vários anos depois M.Deschamps foi convidado para partilhar de um pudim de passas, como uma raridade especial.

Enquanto comia observou que desta vez só faltava a presença de M.de Fontgibu.

Neste momento a porta se abre e entra um senhor muito idoso e desorientado: M.de Fontgibu, que errara o endereço e irrompa por engano nessa reunião."

Pássaros

O Dr. Jung conta que uma paciente, que na ocasião da morte da mãe e da avó, um grande número de pássaros pousaram do lado de fora da casa...

Tempos depois, seu marido apresentou alguns sintomas que Jung pensou poder ser do coração... ele então foi ao cardiologista, fez exames, e tudo pareceu estar normal... não tendo sido encontrado nenhum distúrbio, e, voltava ele para casa do médico com os resultados dos exames quando teve um colapso no meio da rua...

Foi acudido e levado pra casa... enquanto isso sua mulher já se achava inquieta, pois logo depois que seu marido saiu pra ir ao médico, um bando de pássaros pousou nas imediações da casa... e completa Jung:

"...Se considerarmos que no Hades babilônico as almas trajavam "vestes de penas" e que no antigo Egito o ba, isto é, a alma, era concebido como pássaro*, não será forçoso admitir que se trata de um simbolismo arquetípo..."

* Em Homero as almas dos mortos esvoaçam "chilreando" - Odisséia, cantos XI, 22 e XXIV,5

Sobre as Experiências de Rhine

 Dinâmica do Inconsciente -  833

1 - primeiramente os experimentos consistiam em um experimentador  retirar uma série de cartas enquanto o sujeito de experimentação (SE), separado espacialmente do experimentador, tinha a tarefa de identificar os respectivos desenhos.

2 – depois a distância espacial entre o experimentador e o SE foi aumentada chegando a 350 km, constatando-se que a distância (perto ou longe) não influenciava nos resultados – provando, portanto, que não poderia ser um fenômeno de força ou energia, porque do contrário, a superação da distância e a difusão no espaço deveriam causar uma diminuição no efeito

3 – em um terceiro momento, os experimentos foram de leitura antecipada de uma série de cartas a serem retiradas no futuro, produzindo um número de acertos que ultrapassa os limites da probabilidade. “os resultados da experiência de Rhine com o tempo”, escreve Jung, “ ...aponta para uma relatividade psíquica do tempo, visto que se trata de percepções de acontecimentos que ainda não acorreram. Em tais circunstâncias parece que o fator tempo foi eliminado por uma função psíquica que é também capaz de eliminar o fator espaço.”

DI- 840

“... Nas experiências com o tempo e o espaço, respectivamente, esses dois

fatores reduzem-se mais ou menos a zero, como se o espaço e o tempo dependessem de condições psíquicas, ou como se não existissem por si mesmos e fossem produzidos pela consciência...”

esses experimentos nos apontam direto à Premonição

a diferença entre o Déjà vu e a premonição

é que na Premonição sabemos com antecedência um fato que irá acontecer

enquanto que no Déjà vu – só no momento é que nos damos conta de já sabíamos


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